- 6 de novembro de 2025
Usuários invadem plataforma ReclameAqui após derrubada de serviço de streaming ilegal
A derrubada de plataformas de streaming pirata como My Family Cinema e TV Express deixou milhares de usuários brasileiros sem acesso aos serviços nesta semana. As plataformas, que cobravam mensalidades entre R$ 16 e R$ 27, operavam sem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e foram alvo de uma ação internacional de combate à pirataria audiovisual.
O My Family Cinema confirmou o encerramento definitivo de suas atividades. Em nota, a empresa informou que, “devido a questões de direitos autorais, esta marca deve encerrar permanentemente seus serviços”.
A operação, coordenada pela Alianza, associação de empresas contra pirataria audiovisual na América Latina, resultou no bloqueio de 14 serviços ilegais entre os dias 1º e 4 de novembro. A ação teve origem na Argentina, onde as autoridades investigaram o esquema responsável pela distribuição irregular de conteúdo audiovisual.
Mesmo com o caráter ilegal das plataformas, as redes sociais e o site ReclameAqui foram inundados por queixas de usuários insatisfeitos com a interrupção dos serviços.
Os aplicativos ofereciam acesso a filmes, séries e transmissões esportivas protegidos por direitos autorais, utilizando servidores e sistemas que burlavam o licenciamento legal. De acordo com as investigações, a operação movimentava grandes somas em diversos países.
Entidades como a La Liga, que administra o campeonato espanhol de futebol, também participaram da denúncia e contribuíram com o rastreamento da rede pirata.
Embora o esquema tenha sido identificado na Argentina, o país não era o principal destino das chamadas “TV boxes” ilegais, usadas para acessar o conteúdo pirata. O maior público consumidor, segundo a Alianza, estava no Brasil, México, Equador e África do Sul, mercados em que o uso de dispositivos não autorizados e assinaturas paralelas tem crescido nos últimos anos.
A Anatel reforça que o uso de aparelhos ou plataformas sem licença é considerado ilegal e pode configurar crime de violação de direitos autorais, passível de multa e detenção.