- 12 de outubro de 2025
Ramon Dino faz história e se torna o primeiro brasileiro campeão mundial de fisiculturismo no Mr. Olympia 2025
O Brasil tem um novo campeão mundial no fisiculturismo. Ramon Dino, conhecido como o “Dinossauro Acreano”, conquistou neste sábado (11), em Las Vegas (EUA), o título da categoria Classic Physique no Mr. Olympia 2025 — a competição mais prestigiada do mundo na modalidade. Com o feito histórico, Dino se tornou o primeiro homem brasileiro a vencer o torneio e levou para casa 100 mil dólares (cerca de R$ 552 mil). O pódio foi completado por Mike Sommerfeld (Alemanha), em segundo lugar, e Terrence Ruffin (EUA), em terceiro.
Durante as prévias da manhã, Ramon já havia mostrado que era o favorito ao título. Ele encerrou o pré-julgamento dos juízes no centro do palco e na primeira colocação, em um confronto direto com Sommerfeld e Ruff Diesel. O top 3 parecia definido antes mesmo das finais, que serviram apenas para confirmar a supremacia do brasileiro.

Nas finais do evento, os três atletas voltaram ao palco para o call-out principal — momento decisivo em que os juízes observam os detalhes físicos e as poses. Dino apresentou uma linha corporal extremamente equilibrada, com destaque para as poses de costas, e conquistou o título inédito para o país.
A vitória de Ramon representa um marco histórico para o fisiculturismo brasileiro masculino. Até então, o Brasil havia conquistado apenas títulos femininos no Olympia — 14 no total, incluindo as três medalhas de ouro desta edição, com Natália Coelho (Women’s Physique) e Eduarda Bezerra (Wellness).
A trajetória do “Dinossauro Acreano”
Ramon Rocha Queiroz, o Ramon Dino, tem 30 anos e é natural de Rio Branco (AC). Criado em uma zona periférica da capital acreana, começou na calistenia — treino com o peso do próprio corpo — antes de se apaixonar pela musculação.
O atleta iniciou sua trajetória no fisiculturismo em 2016 e obteve o cartão profissional em 2018. Porém, foi apenas em 2021 que começou a competir em grandes eventos internacionais, ano em que garantiu sua primeira qualificação para o Mr. Olympia.
Três anos depois, o “Dinossauro Acreano” atingiu o topo do mundo, eternizando seu nome na história do esporte e levando o Acre — e o Brasil — ao centro do palco mundial do fisiculturismo.