- 24 de outubro de 2025
PF apreende iate e lanchas de luxo em operação contra lavagem de dinheiro no Pará
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (24), a segunda fase da Operação Malik, voltada à identificação de bens e ativos ligados a um esquema de ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro proveniente do contrabando de cigarros oriundos do Suriname.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Belém e São Miguel do Guamá, sem registro de prisões. Durante as diligências, os agentes apreenderam um iate avaliado em cerca de R$ 3 milhões e duas lanchas avaliadas em aproximadamente R$ 2 milhões. Também foi determinado o sequestro judicial de bens pertencentes a três empresas e um investigado, todos apontados como integrantes do núcleo financeiro da organização criminosa.
Com as medidas desta nova etapa, o valor total de bens apreendidos e sequestrados desde o início da operação, deflagrada na primeira semana de outubro, que pode chegar a R$ 50 milhões, segundo estimativa da própria PF.
A Operação Malik é um desdobramento da Operação Mercador Fenício, que revelou a existência de um esquema financeiro estruturado envolvendo empresas de fachada e pessoas interpostas para movimentar recursos ilegais e reinseri-los no sistema financeiro nacional.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo investigado usava essas empresas para legalizar lucros obtidos com o contrabando de cigarros, mascarando a origem ilícita do dinheiro. As identidades dos investigados não foram divulgadas.
A PF não informou o número de pessoas físicas e jurídicas que respondem ao processo, mas afirmou que as investigações continuam com foco na identificação e bloqueio de patrimônio acumulado de forma irregular.