- 19 de novembro de 2025
“O mundo está observando”: mensagem final de Simon Stiell marca encerramento da Ação Climática na COP30
“O mundo está observando.” A frase, dita pelo Secretário-Executivo da ONU para Mudanças Climáticas, Simon Stiell, guiou o tom de seu discurso no evento de encerramento de alto nível da Agenda de Ação Climática, realizado nesta quarta-feira (19), em Belém.
Stiell destacou que a COP30 reúne resultados concretos e ambiciosos, mas reforçou que este não é o momento para celebração e sim para intensificar os esforços globais.
Segundo ele, as iniciativas anunciadas representam avanços reais, com impacto direto sobre economias e sobre a vida de milhões de pessoas, incluindo um impulso de trilhões de dólares direcionado à energia limpa e às redes elétricas, um plano global para quadruplicar a produção de combustíveis sustentáveis, novas frentes para destravar ondas de indústria verde e um pipeline crescente de investimentos dedicados à adaptação climática. Para Stiell, esse conjunto de medidas revela um cenário transformador que, poucos anos atrás, seria impensável.
Outro ponto central do discurso foi o reconhecimento da Parceria de Marrakesh e dos Campeões de Alto Nível para o Clima, responsáveis por aproximar governos, empresas, cidades, investidores, sociedade civil e povos indígenas em um ecossistema de colaboração contínua. Para Stiell, esse modelo é fundamental porque conecta ambições nacionais a ações locais, garantindo que metas globais se traduzam em realidades comunitárias.
Apesar dos avanços, o líder insistiu no caráter urgente da agenda climática. “Cada momento de atraso é custoso demais”, afirmou, destacando que a responsabilidade agora recai sobre todos os atores, governos, empresas e sociedade para transformar compromissos em entregas rápidas, justas e de grande escala. Ele encerrou pedindo que o impulso observado na COP30 se traduza em resultados concretos, capazes de melhorar a vida das pessoas e reforçar a resiliência do planeta.
No coração da Amazônia, diante de líderes globais e representantes da sociedade civil, a mensagem ecoou com força simbólica e política: a cooperação climática precisa permanecer firme para servir aos interesses de cada nação, cada economia e cada cidadão.