- 31 de outubro de 2025
Navio do Greenpeace estará aberto à visitação pública em Belém durante a COP30
O navio Rainbow Warrior, uma das embarcações mais emblemáticas do ativismo ambiental mundial, estará em Belém para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) e poderá ser visitado pelo público nos dias 8 e 9 de novembro, das 9h às 16h, no porto da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Símbolo da luta ambiental do Greenpeace, o Rainbow Warrior chega à capital paraense com a missão de ampliar o debate sobre a proteção da Amazônia e o papel dos povos da floresta na agenda global do clima. A visitação pública será uma oportunidade para que os visitantes conheçam de perto a estrutura do navio, sua tripulação e as histórias que marcaram décadas de ações em defesa do meio ambiente.
Durante os dois dias de visita, o público poderá embarcar na embarcação e conhecer como funciona o trabalho do Greenpeace em diferentes partes do mundo, desde operações de bloqueio a plataformas de petróleo até missões de proteção da vida marinha e enfrentamento à pesca industrial predatória. Também será possível entender o funcionamento do navio, um modelo de engenharia sustentável que prioriza o uso do vento como principal fonte de propulsão, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis.
Construído com design personalizado e sustentado por doações de mais de 100 mil apoiadores, o Rainbow Warrior III é a terceira geração da embarcação. Desde sua estreia em 2011, ele tem participado de expedições de monitoramento ambiental em várias regiões do planeta, inclusive na Amazônia, onde esteve pela primeira vez em 2012 para dar visibilidade ao compromisso do Greenpeace com a preservação das florestas tropicais.
A presença do navio em Belém, às vésperas da COP30, reforça o simbolismo de uma cidade que será o centro das discussões globais sobre meio ambiente e sustentabilidade. Segundo o Greenpeace, o objetivo é “ecoar as vozes das florestas” e cobrar dos líderes mundiais ações efetivas de proteção climática.
Reconhecido por sua trajetória de resistência, o Rainbow Warrior já enfrentou episódios marcantes, como o ataque de 1985, quando a primeira versão do navio foi afundada por agentes do serviço secreto francês na Nova Zelândia, em retaliação a um protesto contra testes nucleares. Desde então, o nome Rainbow Warrior passou a representar coragem e persistência em defesa do planeta.
A visita é gratuita e aberta a todos os interessados. A expectativa é que centenas de pessoas participem da programação, que antecede a abertura oficial da COP30 e simboliza a chegada de um dos maiores ícones da luta ambiental mundial à Amazônia.