• 21 de outubro de 2025

Exportações de madeira do Pará têm melhor resultado do ano e crescem quase 100% em setembro

As exportações de madeira do Pará registraram em setembro o melhor desempenho do ano, com movimentação de US$ 28,9 milhões e embarque de mais de 25 mil toneladas de produtos e subprodutos florestais. Os dados foram divulgados pela Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), com base no sistema Comex Stat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Na comparação com agosto, o crescimento foi expressivo: alta de 97,69% em valor e 43,52% em volume. O preço médio da tonelada exportada chegou a US$ 1.125,44 – o maior de 2025. De janeiro a setembro, o Pará acumula US$ 163,9 milhões e 203,6 mil toneladas exportadas, aumento de 0,43% em valor e 7,43% em quantidade em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os principais produtos comercializados foram madeira perfilada – que inclui pisos, decks, tacos e frisos – e madeira serrada, responsáveis por 82% das exportações paraenses no período. O desempenho manteve o estado na quarta posição entre os maiores exportadores de madeira do país, atrás apenas de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Os Estados Unidos seguem como principal destino das exportações do Pará, com US$ 67 milhões e 26,6 mil toneladas embarcadas entre janeiro e setembro. Apesar de uma leve queda frente ao mesmo intervalo de 2024, o mercado norte-americano continua sendo estratégico, impulsionado pela recuperação do setor imobiliário. De acordo com dados da CNBC, as vendas de novas moradias nos EUA cresceram 20,5% em agosto em relação a julho e 15,4% na comparação anual, tendência favorecida pela recente redução das taxas de juros pelo Federal Reserve.

Segundo o consultor técnico da Aimex, Guilherme Carvalho, o desempenho de setembro reflete a capacidade de adaptação e resiliência do setor florestal paraense. “Mesmo com entraves burocráticos e oscilações cambiais, as indústrias do Pará vêm demonstrando solidez e adaptação às novas condições de mercado. A demanda internacional segue firme, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, o que reforça a necessidade de aprimorar os mecanismos de controle e liberação ambiental para garantir sustentabilidade sem perda de competitividade”, afirmou.

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