- 1 de agosto de 2025
Estudos da FIEPA apontam que impacto do ‘tarifaço’ será moderado no Pará
O impacto do “tarifaço” será moderado nas exportações paraenses. É o que aponta um estudo da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), por meio do Centro Internacional de Negócios (FIEPA CIN) e o Observatório da Indústria. Juntos, eles apontam que, apesar da tarifa adicional de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros, a exportação no estado não será tão afetada porque o governo norte-americano concedeu quase 700 exceções à sobretaxa.
Segundo a pesquisa, entre os 10 produtos mais exportados pelo Pará, sete são isentos das tarifas adicionais de 40%. É o caso da alumina calcinada, por exemplo, responsável por 32,1% da exportação paraense com os EUA. Ferro fundido bruto, alumínio não ligado e outros minérios também não serão impactados.
Dessa forma, considerando apenas os produtos que foram de fato taxados, a estimativa é de que o impacto sobre o volume exportado ao país seja de 20,1%, o que corresponde a uma retração de 1,1% nas exportações do Estado.
Apesar do cenário considerado positivo para o setor de exportações, o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, ressalta que o movimento do governo norte-americano é um alerta para os riscos associados à cadeia produtiva do Pará. “Apesar das estimativas indicarem um impacto expressivo com a lista de isenções, a indústria paraense permanece em alerta. Precisamos compreender melhor, mesmo dentro desses 20% de itens que não foram isentos, como isso vai se refletir na geração de empregos e no número de empresas afetadas. Algumas dessas empresas têm quase 100% de suas exportações concentradas justamente nos produtos que continuam sendo tarifados”, afirmou.