• 28 de outubro de 2025

Barqueata no Guamá e Carta de Belém estão no programa paralelo da COP30, reunindo povos da floresta e das periferias

A romaria fluvial já passou, mas as águas que protegem Belém voltarão a receber uma frota de embarcações com tripulantes e passageiros engajados por um bem maior. A barqueata, ou barqueada, vai transpor as correntezas da baía até o Rio Guamá, em uma manifestação política e cultural que marcará o início da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência Mundial do Clima, a COP30, em Belém.  

A manifestação culmina com o desembarque no campus da Universidade Federal do Pará. A Cúpula dos Povos acontecerá de 12 a 16 de novembro, com expectativa de reunir cerca de 15 mil participantes. Será o púlpito de movimentos populares, indígenas, ativistas e coletivos diversos, em busca de um espaço garantido para o debate das principais preocupações dos povos da floresta – nem todas na pauta oficial da COP.

A Cúpula dos Povos abrigará os interesses de quem defende bandeiras como reforma agrária, agroecologia, soberania alimentar e combate ao racismo, com o objetivo de apresentar soluções para a crise climática. Haverá plenárias e oficinas, assembleias, tribunais populares e atividades culturais. 

No dia 15 de novembro, será realizada a Marcha Global pelo Clima, que reunirá todas as organizações e participantes. Ao final do evento, será elaborada uma carta com reivindicações, denúncias e alternativas ao modelo extrativista, para ser entregue às lideranças globais. 

A Cúpula dos Povos terá como eixos centrais a justiça climática e a defesa de territórios vivos, com casos concretos como o combate ao desmatamento predatório, a demarcação de terras indígenas e tradicionais e a necessidade de uma transição energética justa, que não penalize comunidades vulneráveis. Também estará pautada a reparação histórica ao racismo ambiental, o feminismo popular e as cidades justas, especialmente as mais afetadas por enchentes e poluição. 

Periferia 

Além da Cúpula dos Povos, as periferias de Belém promovem a COP das Baixadas, que envolve espaços chamados Yellow Zones, destinados ao diálogo climático dentro das comunidades. Hoje já existem quatro Yellow Zones na região metropolitana, com a meta de alcançar 12 até novembro.

No âmbito oficial, a programação da COP30 será dividida em Dias Temáticos, realizados tanto na Zona Azul (para delegações oficiais) quanto na Zona Verde (aberta ao público credenciado), cobrindo temas como Energia, Indústria, Florestas, Agricultura, Cidades, Desenvolvimento Social e outros. A agenda inclui diálogos de alto nível, eventos paralelos e apresentações culturais, oferecendo uma plataforma global para implementação de soluções climáticas reais.

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