- 5 de agosto de 2025
Antônio Doido é alvo de investigação sob suspeita de corrupção em licitação milionária da COP30
A Procuradoria Geral da República (PGR) e Tribunal de Contas da União (TCU) investigam juntos a suspeita de corrupção em um contrato milionário entre o governo federal e a Organização dos Estados Íbero-Americanos (OEI) para organizar a COP30, a ser realizada em novembro, em Belém.
Em outubro de 2024, uma denúncia anônima levou a Polícia Federal (PF) a apreender R$ 5 milhões em espécie com um policial militar em Castanhal. A prisão do PM, Francisco Galhardo, provocou o desenrolar de uma complexa rede de corrupção, envolvendo licitações milionárias do Governo do Pará e empresas ligadas ao deputado federal Antônio Doido (MDB-PA).
As investigações revelaram um esquema onde o PM, que trabalhava como assessor do deputado, sacou a quantia de R$ 49 milhões de duas construtoras vinculadas a Antônio.
A suspeita da PGR é de que essas empresas abastecem um esquema de desvio de verbas públicas. Conversas no celular de Galhardo com o secretário de Obras do Pará, Ruy Cabral, levantaram suspeitas de corrupção na licitação da COP30.
Ainda em fevereiro deste ano, foi pedido ao STF a abertura de um inquérito contra Antônio, sua esposa, o PM e o secretário sob suspeita de corrupção passiva e ativa. Em janeiro, o governo do Pará cancelou a licitação, que só foi revogada após a prisão do PM e notícias divulgadas, de acordo com a PGR.
O caso segue sob investigação.