• 18 de novembro de 2025

Operação contra Banco Master apreendeu carros de luxo, obras de arte, relógios e R$ 1,6 mi em dinheiro em espécie

Reprodução/PF

A Polícia Federal apreendeu carros de luxo, obras de arte, relógios de alto valor e cerca de R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo durante a Operação Compliance Zero, realizada nesta terça-feira. A ação apura um suposto esquema de criação e negociação de títulos de crédito falsos por instituições que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional. Até o momento, seis pessoas foram presas, quatro de forma preventiva e duas temporariamente, e os investigadores afirmam que novas diligências podem ampliar o número de detidos.

Além das prisões e apreensões, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 12,2 bilhões em contas vinculadas aos alvos da operação. Segundo a PF, o objetivo é interromper o fluxo de recursos suspeitos e garantir a recuperação de valores que teriam sido desviados por meio de contratos e movimentações financeiras fraudulentas.

Entre os alvos, está o banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, preso na noite de segunda-feira, quando tentava embarcar em um jatinho no Aeroporto de Guarulhos. A PF investiga se ele tentava fugir.

Simultaneamente, o Banco Central decretou, na manhã desta terça-feira, a liquidação extrajudicial do Banco Master. A determinação também vale para a Master Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários. Além disso, o BC decretou regime de administração especial temporária (RAET) do Banco Master Múltiplo, com duração de até 120 dias.

Segundo dados oficiais, o conglomerado tinha R$ 86,396 bilhões em ativos, o maior volume de recursos já envolvido em um processo de liquidação na história do sistema financeiro brasileiro.

Na manhã desta terça, os agentes cumprem outros quatro mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão. As ações acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. Entre os demais alvos estão pessoas ligadas ao banco Master.

As investigações começaram em 2024, após um pedido do Ministério Público Federal para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito sem lastro. Esses títulos, de acordo com a PF, teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.

A PF investiga possíveis crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, formação de organização criminosa e outras infrações.

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