• 7 de agosto de 2025

Câmara Municipal de Belém aprova título de ‘persona non grata’ a Donald Trump

Reprodução: Justin Sullivan/Getty Images

A Câmara Municipal de Belém aprovou nesta semana uma moção simbólica que declara o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “persona non grata” na capital paraense. A decisão expressa repúdio político à postura intervencionista de Trump e suas tentativas de influenciar assuntos internos do Brasil, especialmente em aliança com setores bolsonaristas, e após a imposição do tarifaço de 50% aos produtos brasileiros em solo norte-americano.

O requerimento, apresentado pelo vereador Alfredo Costa (PT), foi aprovado por 12 votos a 9. Entre os parlamentares que votaram contra estão Patrícia Queiroz, Zezinho Lima, Augusto Santos, Agatha Barra, André Martha, Fábio Souza, Jorge Vaz, Marcos Xavier e Michel Durans. Já os que se colocar a favor, estão: Alfredo Costa (PT), Igor Andrade (Rede), John Wayne (MDB), João Coelho (PDT), Lulu das Comunidades (PSDB), Marinor Brito (PSOL), Nay Barbalho (PP), Neia Marques (PT), Renan Normando (MDB), Rodrigo Moraes (PCdoB), Vivi Reis (PSOL) e Zeca do Barreiro (União).

Durante o debate no plenário, a vereadora Marinor Brito (PSOL) classificou a atuação do ex-presidente norte-americano como uma ameaça à soberania nacional.

“Estamos aqui para repudiar esse tarifaço e a tentativa do governo Trump de interferir na soberania. Precisamos enfrentar essa lógica fascista e intervencionista”, disse Marinor.

Defesa da Amazônia e críticas ao “tarifaço”

A vereadora destacou ainda os impactos da política externa de Trump sobre a economia brasileira, com ênfase nas ameaças tarifárias que podem afetar cadeias produtivas da Amazônia, como o açaí e a mineração. Segundo ela, a moção é parte de um movimento mais amplo de defesa da democracia e das riquezas naturais brasileiras.

Repercussão nacional

A decisão da Câmara de Belém se soma a outras manifestações críticas em diferentes esferas políticas brasileiras, que reagem à atuação internacional de Trump e à crescente influência de seus aliados no país. Embora simbólica, a moção funciona como alerta político sobre a necessidade de proteger a soberania e a estabilidade institucional brasileira diante de interferências externas.

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